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sábado, 17 de outubro de 2009

Melancolia

Ontem, por ocasião do imprensado decorrente do dia dos professores, tive parte de minha tarde livre e aproveitei para fazer algo que planejava há tempo e não tinha conseguia devido minhas ocupações.

Fui até a casa de minha tia Maria Senora, juntamente com Amanda e conversamos bastante com ela. Enquanto ela conversava e falava de sua vida, fiquei a meditar no quanto estamos nos robotizando, o quanto estamos nos escravizando e deixando de lado nossas emoções, nossa família, nossos amigos, nossos irmãos em Cristo.

Confesso que enquanto ela falava me bateu uma melancolia taõ itensa no meu peito, que pensei não suportar. Ora, por que uma visita tão simples, tão agradável, que ficara notório em seu rosto o quanto estava sendo significante pra ela, tinha de ser tão difícil de ser feita? Por que nós humanos teríamos permitido chegar aonde chegamos?

Sai dali diferente do que entrei. Percebi o quanto podemos aprender com pessoas mais experientes que nós. Os momentos que ali passamos, foram minutos de aprendizagem, de aquisição de conhecimentos. Nossa, já morei com minha tia (quando solteira) e não havia percebido o quanto ela tinha para nos transmitir, e, descobri ali, em minutos.
Minha tia me deu lição em todas as áreas da minha vida. Transmitiu-me lição para mulher que sou, educadora e principalmente ser humano.

Na ocasião, mostrou-nos um cartão de natal, que havia recebido em meados do ano de 1975, de um ex-aluno da cidade de Mossoró, onde relatava a importância dela em sua vida. O aluno, era um que ela visitara seu lar, para compreender o modo como ele se comportara em sala de aula, já que era híper trabalhoso. Depois desse dia, sua visão, em relação ao referido aluno mudara por completo. Vendo de perto a situação que ele vivia, não só mudou de atitude com ele, como também pedira a ajuda dos demais alunos, solicitando-os que o compreendesse e mudassem de comportamento em relação a ele. Disse ela, haver conseguido uma mudança na vida daquele aluno, e tinha muita vontade de saber o que acontecera com ele. O cartão, resumia em poucas, lindas e fortes palavras o que minha tia tinha sido na vida daquele adolescente.

Lembrei-me de minha fase de adolescente, o quanto eu sofri uma época da minha vida e o quanto pessoas que me ajudaram e demonstraram amor, carinho, amizade e compreensão comigo, são importantíssimas até hoje para mim. Sabe que as vezes somos muito incompreensíveis e idiotas com os adolescentes. Já vivemos essa fase e parece que esquecemos tão rápido que parece que a vivemos há séculos.

Mostrou-nos ainda, um telegrama que havia recebido em 15 de maio de 1972, do pai do Padre Rierson. Ela mostrava tudo com muita satisfação e percebi o quanto ela precisava de nós, que somos seus familiares. Percebi o quanto nós somos emoção, mesmo lutando para sermos mais razão. Não há como fugir, temos dependência de estarmos juntos, de sentirmos o calor humano do ouro, de sentirmmos importante para as pessoas que gostamos e amamos. Por mais que tentemos esconder, fugir, ignorar, essa depedência é inerente ao nosso ser. É fato.

Eita gente, não sei porque as vezes passa todas essas coisas na minha mente. Sabe, entendo que somos mais frágeis do que acreditamos ser e que há qualquer momento, poderemos não está mais aqui. Devido a esse pensamento tenho a necessidade incontrolada de registrar tudo isso, de conversar mais, de estar mais perto das pessoas, de aproveitar o dia que vivo, vocês não vão acreditar, mas sinto ultimamente a necessidade até de dormir menos, rsrsrsrsr, para não perder a oportunidade que tenho a frente.

Affff, será que estou ficando louca ein????? Rsrsrsrsrsrsrsrsrsr.
Deixemos esses bobagens de lado e vamos que vamos, sempre ad finem, afinal é exatamente para isso que viemos ao mundo, seguir em frente até o fim...
Abraço a todos.

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