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Para seu advogado a ação delituosa praticada por seu cliente, não deve ser tipificada no artigo supracitado, mesmo reconhecendo a existência de dolo, a acusação do Ministério Público não está condizente com a realidade dos fatos, uma vez que segundo ele: “Em que pese os danos causados às vítimas pela atitude insana do paciente (J.G.), não pode o Judiciário buscar vingar o sofrimento, a dor, os prejuízos físicos, morais, psicológicos e materiais que atingiram as vítimas e seus familiares através da tipificação penal mais severa da ação delituosa praticada pelo paciente”.
Ainda conforme o advogado a tipificação correta do crime, seria a subsunção do crime no art. 131 do CP, que prevê a possibilidade de transmitir molétia grave de que está contaminado. assim, ele pede a revogação da prisão preventiva de J. G e a classificação jurídica dos atos praticados pelo açougueiro, retirando assim, a acusação de homicídio para a violação do art. 131.
Aguardemos o desenrolar deste caso. Confesso que estou curiosa para ver que encminhamento dará o Supremo na situação. Ao meu sentir, não se deve haver reclassificação do crime. A intenção do agente era transmitir o vírus para as namoradas, consciente da gravidade deste, destarte, mesmo diante de seu sofrimento e prejuízos, como afirmou seu advogado, não tem ele o direito de desejar e contribuir para o mesmo mal de outem.
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