bella

Sexta-feira tive o prazer de assistir um excelente filme, que há muito ansiava ver. Já havia procurado em várias locadoras em Mossoró e não encontrava. A esperava foi válida, porque verdadeiramente pude extrair dele diversas lições. O filme não é linear, cenas do passado e do presente se entrelaçam no decorrer de toda produção.

Apresentando a história de José, um jogador de futebol, que no auge de sua carreira, passa por uma situação frustrante que o faz abandonar o esporte e se transformar num chef de cozinha, passivo e sem paixão. Nina, uma jovem garçonete, que descobre que está grávida e perde o emprego, no mesmo dia. Ambos decepcionados com tudo, resolvem consolar-se mutuamente e passam um dia inteiro juntos, o que faz mudar a vida dos dois por completo.

O que mais me chamou atenção no filme foi o fato de ele constantemente nos levar a reflexão sobre a vida. Um ponto culminante foi a idéia de que somos transformados com o tempo, com o amadurecimento. Nossos pensamentos, concepçoes de mundo, tudo muda, nada é estático; o que pensava ontem e concebia como certo ou errado, não é tão absoluto quanto pensamos, pois mesmo sem perceber, estamos mudando, e, quem não muda, fica naquele velho e retrógrado ditado, de que sou assim, este é meu jeito e as pessoas tem que aceitarem, ficam para trás, no anonimato, na solidão. Heráclito nos deixa uma grande lição quando diz: "Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo" e, complementando Platão ainda diz de Heráclito: "Ele compara as coisas com a corrente de um rio - que não se pode entrar duas vezes na mesma corrente".

Em determinado momento do filme, Nina rejeita por completo o seu filho, e está convicta de que não irá tê-lo. Mesmo aceitando ter, ela nãoa ceita sua filha, anos depois, percebe o grande erro que cometera e volta atrás. Outro ensinamento para nós, nunca é tarde para reconhecermos o nossos erros e nos arrenpendermos. Reconhecer nossas falhas e fragilidades e buscar mudar o quadro é uma virtude.