SEJAM BEM VINDOS

terça-feira, 9 de março de 2010

Uma visão da Psicologia

Lendo uma de minhas revistas preferidas ontem, a Psique, vi uma uma reportagem que me chamou a atenção (MELANCOLIA PRECOCE), que retrata a depressão em crinaças e embora já soubesse da existência do fato, sinceramente me sensibilizei, indagando-me como deve ser difícil uma criança passar por algo tão cruel.
A matéria a que me refiro fazia menção a uma pesquisa realizada, recetemente, a qual constatou que a depressão atinge cerca de 3% das crianças de até 12 anos de idade. Isso pode até parecer pouco, para quem não sabe o que é doença, entretanto, para quem já passou por ela, sabe o quanto deve ser complicado uma criancinha encarar tal situação.

A depressão se relaciona com a deficiência na circulação de substâncias em nosso cérebro, que a medicina denomina de neurotransmissores serotonina e depamina. As referidas substâncias são produzidas nos neurônios e são elas as responsáveis por nos proporcionar sensação de bem-estar, prazer e equilíbrio. Conforme os estudos avançados de hoje, a falha da produção dessas substâncias pode estar presente desde o momento do nascimento. Assim, as situações fáticas da vida, sejam trumáticas ou não, só reforçam esse fragilidade, desencandeando desta forma, sintomas psicológicos e físicos.

Um dos maiores desafios de um depressivo, digo isso com conhecimento de causa, é perceber que as pessoas acham que nada do que você está sentindo existe. Que tudo é coisa de sua cabeça, como se a pessoa simplesmente interpretasse ou inventasse doenças. Ora, se a situação é complicada para nós adultos, imagine ai, para uma criança ou um adolescente. O caso piora ainda mais na criança porque comumente, seu comportamento se torna agressivo, e isso, sempre é confundido ou visto como mal comportamento, falta de disciplinamento dos pais. Com essa visão dos adultos, a situação se agrava por demais, porque a criança nessa fase só necessita de acompanhamento e compreensão e ao invés disso, é constatemente rebatido e criticado.

A Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse (Isma) já afirmou certa feita que "As pressões do mundo moderno colaboram para que crianças, cujas resposabilidades deveriam ser a de estudar e brincar, tenham obrigações que levam a exercer uma rotina digna de pequenos executivos". Precisamos está atentos à isso. Hoje exigimos deveras de nossos filhos, de nossas crianças e adolescentes. Queremos que eles enfrentem situações, para as quais normalmente não estão preparados psicologicamente e isso os deixa ansiosos e inseguros, podendo isso incidir em conflitos maiores e provocar a temida e malvada depressão.

Fiquemos de olho no que fazemos com o próximo, com nossos filhos, com nossos familiares. Ninguém aguenta tamanha pressão. Devemos incentivar sim, as pessoas à lutarem pelos seus sonhos, seus objetivos, acreditar nelas. Todavia, não podemos esquecer que não é sadio, esperar demais, nem exigir muito, porque querendo ou não, embora olhemos o outro como forte, capacitado, inteligente, não se pode nem se deve olvidar, que todos, todos sem excessão, têm seu medos e temores, apesar de muitas vezes não demosntrá-los.

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