Há dias que tinha pedido a Hugo Carlos, um poema de sua autoria para aqui postar. Hugo é advogado e nas horas vagas produz poemas belíssimos. Como gosto muito de poesias, queria ter a honra de mostrar ao povo de nossa terrinha, nossos talentos.
Já coloquei aqui algumas poesias de Itamir e acho inclusive, que ainda tem uma das que ele me enviou, que ainda não postei. Bem, concernente ao meu pedido, hoje, ao acessar meu orkut, vi que o amigo Hugo Carlos havia deixado lá, a poesia solicitada; Assim, deixo à vocês, neste começo de noite e último dia de carnaval, o poema, NOSTALGIA.
O poema, um soneto belíssimo, de autoria de Hugo Carlos é inédito, ele o compôs ontem e eu tenho a imensa satisfação de dividir com vocês. Agradeço a confiança Dr. Hugo de ter me creditado a primazia desta publicação e exclusidade. O poema descreve, nas palavras de Dr, Hugo: É simples, mas verdadeiro, pois uma visita ao poço feio, onde não vislumbrei as aves que costumava ver na infância, inspirou-me a compô-lo. Eis:
NOSTALGIA
A escassez do que existia em abundância
É fato – hoje - e grassa tão medonho
Que à criança já não transporta o sonho
Tão próprio e tão saudável na infância.
Não se ver mais nos dias a importância
De outros dias. – Ah! Que tempo enfadonho!
Não se escuta nem mesmo o eco tristonho
Da coruja rasgando sua implicância.
Não se ver mais a casaca-de-couro
Em seu “ninho que não parece ninho”
Ou entoando seu canto na oiticica.
Não se ver mais nem casa de besouro...
E de canto ou gorjeio de passarinho,
Não sobrou nem o “silvo” da peitica.
Hugo Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário