Recebi um comento hoje, que achei híper relevante aqui postar. O comentário vem de Ivone Carlos, pessoa que tenho grande admiração e respeito. Ivone é uma das profissionais da educação de nosso município mais competente e preparada. Sem dúvida nenhuma, uma das mulheres de destaque de nosso município.
Ela me envia um relato, sobre uma matéria publicada na Veja desta semana, que trata da questão educacional de nosso país, denominada (a matéria) de "Prestígio Zero". Ela aduz em seu comento, sua preocupação em relação a situação porque passa o Brasil e especifica o caso de nosso município.
Não é mais novidade pra ninguém a desvalorização que os profissionais da educação sofre em nosso em nosso país. Não consigo entender o que se tem ou se passa na cabeça dos políticos brasileiros (se é que tem ou passa alguma coisa na mente deles, não é?), para tratarem uma questão tão séria quanto esta, com o descaso e o desrespeito com que fazem. Fico indignada, uso a aludida expressão para não ser mal educada, com essa situação e como as coisas nessa área sempre conseguem ser proteladas.
Meu Deus, até quando vamos nos sujeitar a essa situação??? Até quando a sociedade civil não vai perceber que necessita encampar uma luta, juntamente conosco, profissionais da educação??? Até quando a sociedade vai permanecer inerte, fingindo que esse problema é só nosso (trabalhadores da educação)??? Até quando as pessoas vão fingir que essa situação caótica, não atingi a sociedade inteira e reflete, inclusive na violência, que só cresce? Para ratificar o que digo sobre a violência veja o post no The Place: http://www.wiltonjr.com/. A indagação não é difícil de ser respondia. Sabe até quando??? Quando não houverem mais profissionais na área. Quando nossos filhos e netos ficarem a mercê de uma sociedade sem profissionais da educação, ou a mercê de profissionais com pouca ou nenhuma qualificação. Duvida? Então leia o comento de Ivone abaixo:
Ivone Carlos disse...
Olá Islamara!
A Veja desta semana traz uma reportagem sobre educação denominada "Prestígio Zero" em que mostra uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas a pedido da Fundação Victor Civicta. A pesquisa mostra que apenas 2% dos estudantes brasileiros prestes a ingressar na universidade pretendem seguir a carreira de magistério. O agravante que a pesquisa também divulga é que esses poucos que ainda optam pela docência se concentram no grupo dos 30% de alunos com as piores notas no ensino médio. E finalizando a reportagem aponta os baixos salários dos professores como um dos principais fatores que desprestigiam a educação no Brasil. Lendo essa matéria lembrei que outro dia conversando com você sobre a imensa desvalorização do magistério fizemos essas mesmas colocações.Mas, o que eu queria mesmo com esse comentário é demonstrar a minha falta de esperança com relação a educação brasileira em especial no nosso município, que com certeza não é só minha mas de muitos colegas que estão no magistério há 25, 26 e até 30 anos esperando dias melhores. Os incentivos quase não existem. Tratando-se de Plano de Carreira do Magistério (em fase de reformulação no nosso municípios) as propostas de mudanças salariais repassadas pelos assessores da Prefeitura ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais (não sei se você já tem conhecimento) simplesmente reduzem em percentuais significativos todas as vantagens como mudança de nível, de classe e de referência, conquistadas no plano em vigor que por sinal é considerado um dos melhores dos municípios da região. Portanto minha opinião é que se é pra mudar pra pior é melhor deixar como estar. Sei que o momento ainda é de negociações mas, pela forma como as coisas sempre acontece não dar pra se esperar muito.
Em se tratando Ivone, do caso específico, do nosso Plano de Carreira, me recuso a acreditar que os percentuais estabelecidos no Plano de Carreira vigente, serão reduzidos. Não consigo conceber, que o Secretário Municipal de Educação encampará ou permitirá que tal fato venha a acontecer. Sei da competência de Diassis Araújo e acredito que ele encontrará uma forma de sanar a situação e não excluir nenhum direito nosso, que foi adquirido com tanto sacrifício.
Porém, Ivone, aproveito a ocasião para instar nossos nobres colegas e também, nossos edis, a procurarem saber o que realmente há de concreto, para que possamos nos ater na luta de nossos direitos. Termino dizendo que concordo em gênero, número e grau com o que disse: 'se é pra mudar pra pior que deixe como está'.
Convoco os demais colegas de profissão a também registrarem sua opinião.
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