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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Educação em Comento mais uma vez

Caro amigo Edmilson em primeiro lugar agradeço por você também, começar a fazer parte dos meus leitores, isso muito me honra. Sua interação aqui no Ad Finem, certamente, só vem abrilhantar mais esse espaço e contribuir com os nossos debates. Quero que saiba que é um prazer tê-lo como meu webleitor. Todavia, sinto dizer que concordo com você, porém, apenas em parte. Vejo que realmente os profissionais da educação, são, em sua grande maioria, desunidos, desmotivados e assistemáticos, pois tudo que fazem, toda a luta que empreendem, está sempre aquém do que deveria ser de fato, devido as circunstâncias ora apresentadas.

Ocorre amigo, que no que concerne ao fato de os educadores não fazerem o dever de casa, não posso ter a mesma opinião sobre, porque não vejo o fracasso educacional apenas como consequência da desqualificação dos profissionais que atuam na área. Entendo ser esta, uma problemática que perpassa os séculos e que ela decorre de inúmeros fatores sociais, os quais aqui não posso citá-los, uma vez que isso ensejaria em tema e base para um outro post.

Apesar de me sentir, atualmente desmotivada com minha atuação na educação, não posso contudo, diante do que sinto, atribuir o fracasso a essa desmotivação. Vejo, que é a situação é bem mais complexa, pois não é tão fácil formar cidadãos, quanto tudo e todos só contribuem para que ocorra o contrário, e, infelizmente é isso que acontece nos dias hodiernos. As crianças iniciam sua vida escolar cedo, entretanto, só permanecem na escola 04 horas por dia. Por que se atribuir o fracasso da formação do cidadão apenas a nós, que temos o menor tempo para dedicar-se a tal?

A família e a sociedade como um todo, tem uma forte influência também, neste papel. Infelizmente hoje, essas duas células importantíssima deste corpo, são quem menos cumpre com sua função. Tudo isso que afirmei, tenho consciência que é perceptível e claro à todos, inclusive aos pais, que transferem facilmente o papel de educar aos professores, isso é muito conveniente. Imputar a outrem aquilo que lhe compete é bem mais fácil, até porque passar a bola quente, é mais cômodo do que segurá-la. Diante de tudo que já vivi, do que penso e do que faço, não posso anuir com a posição de que o fracasso educacional é decorrente da desmotivação e desqualificação (apesar de saber que há maus profissionais). Isso eu não posso, porque estaria, com certeza incluindo-me nestes desqualificados, isso não vou fazer.

Obrigada mais uma vez pela interação e caso queira continuar o debate, estamos às ordens.

Para quem deseja ver e também ratificar ou rebater o comento de Edmilson, posto logo abaixo, tal e qual. Edmilson Júnior é Fiscal da Prefeitura Municipal de Mossoró.

Anônimo disse...

Em todas as profissões, existem particularidades no tocante a "DESVALORIZAÇÃO DA CATEGORIA", é certa que na educação o desrespeito aplica-se em grande proporção. Mas, eu quero contribuir neste tema, observando que, infelizmente existem profissionais que não buscam qualificação ideal para melhor repassar seu conteúdo, prova disso, é que o fruto de seus trabalhos não tem sido motivador, ou seja, em vez de não só lutar pela melhoria de condições de trabalho e de remuneração (que é muito justo) não tem feito seu dever de casa, que é transformar os nossos irmãos brasileiros desfavorecidos, em profissionais qualificados, fazendo desta forma, aumentar o exército de descontentes do nosso sistema. Portanto, amigos de luta, não conseguiremos mudar essa situação, se não fizermos a diferença por todos aqueles que passam pelas nossas mãos, e quase sempre, nada fazemos, a não ser reclamar.

Edmilson F. Júnior
(junior.edmilson@uol.com.br)

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