Júnior Afonso me mostrou algo agora a pouco que me chamou atenção. Como ele afirmara, no momento em que me mostrou, realmente o homem é um ser cultural, porque não dizer, para muitos, o homem é total e completamente cultural.
Por gostar, admirar e amar a Psicologia não considero o homem apenas cultural ou social, há o fator biológico que prescinde muitas vezes aos demais aspectos, deixando marcas características no ser como nenhum outro fator deixa. Contudo, não posso negar que ao parar para analisar determinadas situações da vida, percebe-se que a cultura é definitivamente um fator preponderante para o desenvolvimento do ser humano.
A cultura deixa marcas tipicamente humanas que faz com que o homem seja capaz de recriar e reinventar manisfetações transmitidas durante anos e anos. Isso é o que diferencia o homem dos demais seres. Assim, grande parte de nossas vidas, somos alimentados por situações, por sombras que nos são transmitidas, ensinadas, repassadas, não passando muitas vezes de um mundo imaginário, idealizado para nós. Caso não tenhamos a capacidade de sair da “caverna”, metáfora tão bem descrita por Platão, jamais saberemos o que ou quem realmente somos. Ou simplesmente seremos reprodutores daquilo que aprendemos e nunca recriadores, reinventores.
Mas, afinal de contas, qual objetivo dessa discussão filosófica e um tanto quanto enfadonha, chata (risos)? Apensa para servir de preâmbulo para a matéria a posteriori. Matéria esta, que seria cômica, se não fosse trágica (isso, tomando por base nossa cultura, claro).
Assim, vejam a polêmica que aconteceu na Indonésia. O Ministro da Informação passou, ou passa, por situações constrangedoras em decorrência (acreditem se quiser) de um APERTO DE MÃO. O que na nossa cultura não passa de um simples cumprimento cordial entre duas pessoas, para os Mulçumanos isso pode ser ato, digamos que, um ato obsceno. Veja só a afirmação do Ministro ao ser indagado sobre o fato “Eu tentei evitar, mas a senhora Michelle estendeu as mãos tão próximo de mim que nos tocamos”.
O burburim, como podem perceber, foi marcado pela da visita da primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, àquele país. Leiam matéria da UOL notícias.
O ministro da Informação da Indonésia, Tifatul Sembiring, desencadeou uma polêmica nas redes sociais nesta terça-feira (9), ao contrariar seu discurso muçulmano conservador e encostar na primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, durante visita do presidente dos EUA ao país asiático.
“Eu tentei evitar, mas a senhora Michelle estendeu as mãos tão próximo de mim que nos tocamos”, justificou-se o ministro em sua página no Twitter.
Um vídeo divulgado na Indonésia mostra que Sembiring estava junto a outros funcionários do governo indonésio que receberam o casal presidencial dos EUA. Contrariando a explicação do ministro, ele aparece sorrindo para Michelle, e estendendo as duas mãos para cumprimentá-la.
Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo, e a vasta maioria pratica uma forma moderada da religião. Sembiring, contudo, é conhecido por ostentar seu conservadorismo, evitando contato físico com qualquer mulher que não seja parente.
A mensagem do ministro no Twitter foi uma resposta aos indonésios que comentaram o aperto de mão, questionando as práticas que Sembiring defende como “comportamento de um bom muçulmano”.
Uma jornalista contou que o ministro já se recusou a cumprimentá-la no passado – e brincou que agora não teria mais desculpa.
Sembiring, cuja conta no Twitter é seguida por dezenas de milhares de pessoas, frequentemente publica comentários controversos, que incluem atribuir desastres naturais à “falta de moralidade”, e piadas sobre a AIDS.
Para ver o vídeo que mostra o aperto de mão do Ministro e da Primeira Dama visitem a página da Uol Notícias. Para isso clique aqui.
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