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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Transformação – desejo ou necessidade?

Estava eu, em certa oportunidade, conversando com uma amiga sobre o processo de mudança porque a gente passa. É incrível, mas desejando ou não o processo evolutivo atinge as nossas vidas, mesmo quando resistimos a ele. Apenas o fato de resistir a uma mudança, já se faz necessário entrar em processo de dialética em nosso ser e isso, querendo ou não é mudança. Para não concordar com algo, você precisa refletir e se posicionar, isso requer atitude e ação.

muda Refletindo hoje sobre isso hoje, nas transformações que ocorrem no ser humano, fiquei meditando em uma coisa que minha amiga falara: nós temos medo da mudança. Ás vezes nos isolamos porque temos medo de sairmos de nossa zona de conforto, que de certa forma nos protege, nos guarda, nos livra do fantasma do desconhecido.

Se permitir mudar não é fácil, perceber que se muda menos fácil ainda, desejar  mudar então, é de uma complexidade sem igual. É menos penoso, continuar ser quem já somos, não refletir sobre nossas atitudes, não querermos tomar conhecimento se somos aquilo que queremos ser ou não.

muda ii Hoje entendo o que Heráclito disse há anos. Quando estudei Filosofia na Faculdade de Educação, não conseguia apreender, assimilar com tanta propriedade o que este pensador da dialética, mais radical da Grécia Antiga pretendia dizer, quando aduzia “um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio”. 

Por mais que quisesse me apropriar deste conceito, não conseguia. Hoje eu entendo que realmente, mesmo mudando, nós temos medo de crescer. Singrar rios desconhecidos nos causa temor. Pra que arriscar? Para que sair do sossego de pensamentos que nos concede paz e confiança? O senso comum sempre nos mostra que é mais fácil e seguro e vivermos na planície. Subir montes, escalar montanhas é perigoso demais, não há motivos para se arriscar a tanto.

Assim, permanecemos inertes, letárgicos. É bem melhor. Viver numa área demarcada, onde eu mantenho o controle, detenho o poder é mais cômodo, mais adequado as minhas expectativas de dominação.

No entanto, necessário se faz compreendermos que para crescermos impende que saiamos dessa zona de conforto e nos adentremos ao desconhecido. Abandonar posições confortáveis e subir para experimentar o ar rarefeito dos altos montes. Crescer dói, dói muito, mas se não quisermos permanecer parados, enquanto outros evolui e ficamos para trás, precisamos romper com a barreira que nos impede esse crescimento.

Romper com a descontinuidade de uma rota até então vivida é assustador, mas ficar remoendo passado, ficar tentando viver o que já foi vivido ou imaginando como antes era melhor do que hoje, é posicionamento de fracassado, de quem não quer enxergar que a vida passa e nós não permanecemos os mesmos.

Por fim, para concluir este artigo que fluiu sem nenhum preparo, nenhum planejamento, nenhuma intenção, gostaria de ressaltar que jamais alcançaremos o estado de varão perfeito, jamais. No entanto, nossa meta, enquanto humano, deve ser no sentido de promover mudanças significativas que contribua para o nosso bem e para o bem daqueles que nos rodeia. Assim, reflitamos sobre isso. As mudanças que nos aconteceu nos últimos anos, contribuíram ou não para a nossa melhoria e para os que convivem conosco?

Deixo aqui esta reflexão e quem desejar comentar, complementar ou discordar, estejam a vontade.

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