SEJAM BEM VINDOS

sexta-feira, 22 de maio de 2009

RESPOSTA

Recebi um comentário ontem que pensei em recusá-lo, não porque me ofendesse, mas porque achei irrelevante e sem valor. Todavia, esse foi apenas um pensamento momentâneo, tendo em vista, que depois percebi o quanto ele era importante e valoroso, percebi quanto o seu conteúdo era significativo para mim e resolvi não só aceitá-lo, como também postá-lo em minha página principal. Eis o comento:

Anônimo disse...
Mulher, tente tirar umas férias, pois seu blog está nos dando enxaqueca, mais terrivel do que a hora do Brasil, e quanto vc falar que não vê nada de excepcional no cantor VANDO, ele é maravilhoso, ou vc acha que excepcional é vc, ou vc se acha uma desembargadora, a não ser que seja das 40.


Caro querido(a) anônimo(a), em primeiro lugar lamento por você não ter tido a coragem de se identificar, pois isto a meu sentir, já demonstra sua fraqueza de caráter e personalidade, mas tudo bem, isso faz parte da vida. Mas, não poderia deixar de responder seu comento, sabe por quê? Pela certeza de que não só o ad finem como a minha vida produz fruto. Se estou incomodando tanto assim, é porque realmente o que estou fazendo está valendo a pena.
Me diz só uma coisa, já viu alguém jogando pedra em árvore sem fruto? Eu nunca vi.


Segundo, se você se deu o trabalho de ler meu blog ao ponto de achá-lo terrível e fazer comentário, é porque alguma coisa nele lhe chamou a atenção. Ora, você não perderia seu precioso tempo, com uma coisa chata, que não tivesse nada de interessante, se bem que para mim, isso é um dado irrelevante. Escrevo no ad finem e gosto do blog, não tirarei férias, até porque sei, que não são todos os meus leitores diários que comungam com sua idéia.


Bem vamos lá, no que concerne ao cantor Wando, realmente não gosto e não vejo nada de excepcional nele. Pessoas que valorizam uma boa música, não se contenta com qualquer coisa. Vivo em um país democrático onde posso ter opinião e expressá-la. Não gosto de Wando, isso é um fato e daí? Isso diz respeito a mim.

Agora quanto ao fato de eu me achar excepcional, ah, me acho viu, me acho sim excepcional e vou lhe dizer o porquê. E olhe, não se preocupe, minha auto-estima não fica abalada com esse tipo de comentário, muito pelo contrário.

Nasci em família humilde, diga-se, muito humilde, meu pai trabalhava numa fazenda de Dix-Huit Rosado, fazendo cerca, minha mãe costurava e lavava roupa para ajudar a dar comida para seus filhos. Passei muita necessidade, talvez você, e, muita gente nem imagina quanto, todavia, não esqueço de minhas origens e não me envergonho delas, pois foi através destas, que consegui força pra vencer.

Continuando... aos doze anos comecei a trabalhar de empregada doméstica de fato, não de direito, não sei se você entende o que é isso, mas...
trabalhei também de babá, cuidando de Euclides de Gatinha, acho que você deve conhecê-lo, tudo isso ainda adolescente. Tive de me afastar de minha mãe também com doze anos e sofri muito nas casas dos outros, mas nada foi suficiente para me derrubar.

Casei com 16 anos e ai pode ter certeza, iniciou-se outra fase difícil em minha vida, não pelo meu marido, (pois Deus me deu um marido que tem caráter, me respeita e que sempre esteve ao meu lado me dando força) mas pelas condições financeiras que tínhamos na época.

Bem, o fato é que nunca desisti de lutar, de correr atrás dos meus sonhos. Nunca tive ajuda de ninguém, ralei muito, mas já consegui muita coisa do que eu desejava.

Olhe, hoje eu sou PEDAGOGA e PSICOPEDAGOGA, tenho 02 empregos obtidos (graças a Deus) através de concurso público e além destes dois concurso que renderam meus empregos, passei em mais 4 (INSS, Município de Mossoró, Areia Branca e Caraúbas). Agradeço todos os dias a Deus porque tenho do que viver, graças a Ele, em primeiríssimo lugar e aos meus esforços, pois não parei no tempo me preocupando com a vida dos outros.

Hodiernamente, administro a maior escola do munípio, você pode alegar que é por uma situação política, mas posso lhe garantir, se não tivesse estudo e competência, jamais estaria aqui. Além disso, trabalho na Procuradoria Geral do Município de Mossoró e curso o 7º Período de Direito na UERN.

No que tange a questão de eu ser desembargadora, caro(a) anônimo(a), em que pese eu estar fazendo Direito, não sei se estarei viva para realizar todos os meus sonhos, ou se continuarei com força suficiente para me disciplinar e estudar o quanto devo, contudo, de uma coisa eu tenho convicção, desejo fazer carreira nessa nova área que adentrei e pretendo que esta seja na Magistratura, não sonhei em ser desembargadora, ainda..., pois acredito que devemos ir por etapa. Destarte, pretendo adquirir disciplina para tentar a carreira de juíza, não sei se conseguirei, mas lutarei até o fim para atingir este propósito.

Quanto ao Conjunto Fausto Martins (as QUARENTA - 40 - como você o denomina) se houvesse esse cargo e função no local aludido e eu tivesse oportunidade, sem sombra dúvida, assumiria com maior gosto e satisfação. Sabe por quê!? Gosto de lá, gosto do povo que mora lá, pois são pessoas, em sua maioria, honestas, trabalhadoras, decentes, corajosas, dígnas, conterrâneos meus e que merecem todo o nosso respeito. São cidadãos como todos os demais, inclusive, minha mãe querida, mora lá. Não acho que eles mereçam nenhum comento de desvaloração, principalmente de quem não tem a decência e nem a dignidade de assumir o que diz e o que pensa, que precisa se esconder atrás do anonimato.

Agora meu caro(a) devo ou não me sentir excepcional??? Ora, me sinto viu... me sinto mesmo. Não me peça para não sentir, pois isto é impossível. Diante da descrição sumaríssima que fiz da minha labuta, só te peço uma coisa, reconsidere alguns conceitos na tua vida, reveja alguns de teus caminhos, dos teus sonhos e corra atrás deles, tenho absoluta certeza, que se persistires nos teus ideais, chegarás mais longe do que cheguei. Acredite em você.

Por último, não poderia deixar de dizer, peço desculpas aos meus outros webleitores, não quero parecer arrogante e prepotente, quem me conhece de perto, sabe muito bem que não sou, todavia tenho que dizer para esta pessoa em apreço, que há algo que grita em silêncio dentro de mim, e, não ousarei abafar.

CARÍSSIMO(A), só não me sinto a ÚLTIMA coca-cola do deserto, porque em Dix-sept já tem uma, e, também não é meu refrigerante preferido, mas com certeza me sinto a ÚLTIMA SODA LIMONADA.

3 comentários:

  1. No The Place, uma nota sobre a inauguração do Manoel Joaquim calou a boca de um bicudo. Já aqui, esse post b bateu na moleira...kkkk essa pessoa bem que podia passar o fim de semana sem essa. Vai mexer com quem tá quieta.. rsrsr

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  2. Islamara, não poderia deixar de externar o meu repúdio a esse comentário desprovido de conteúdo que foi dirigido a você. Seria bom se nos voltasse à lição de Voltaire, do qual é a frase “posso até não concordar com as palavras que você diz, mas defenderei até o fim o direito de proferi-las”. É a nobre lição de respeito às opiniões alheias que está explícita no pensamento do filosofo da “Era das Luzes”. Lição que deveria ser absorvida pelos medíocres, de pensamento obscuro e extremamente imaturo. Sinto-me cômodo para escrever esse comentário porque já discordamos um do outro em enésimas ocasiões e isso tão teve o condão de abalar o nosso convívio diário. O pobre anônimo lhe aponta como desembargadora muito provavelmente em razão de seus agradáveis e descomplicados textos sobre intrincados temas da área jurídica. No mais, continue escrevendo. É salutar. Sempre lerei seus textos, concordando ou não com o que expressam. Para poder passar pelos chatos – e covardes – em close, coma cebola. Muita cebola. Eis um hábito tão salutar quanto o da escrita. Na luta “ad finem”. Abraço!

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  3. Parabens Islamara, muito bom seus desabafos. Só acho que voce deu muita trela a esse anonimo. Deve ser um desajustado a cata de atigir alguem.

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