Quem passa por aqui há muito, sabe que sou professora e que esse era sonho meu de criancinha. Cresci admirando e venerando minha tia Maria Senora, (pessoa que estimo deveras e devo-a por muito do que eu sou, devido sua referência na minha vida) pelo fato de ela ser professora. Nossa, queria ser igual a ela. Achava (ops, ACHO) ela o máximo gente, chique, linda, elegante, inteligente, indepedente, decidida, resoluta, ética e dedicada no que fazia. Era o tipo de mulher que eu queria ser.
Dizia pra mim mesma: um dia serei igual a ela. Um dia conseguirei alcançar o que ela alcançou, ser o que ela é. Pois é, segui minha vida neste intento. Aos dez anos de idade fui para o Rio de janeiro com minha família, quando por ocasião de uma enfermidade nos rins, quase fui a óbito (num é mentira não gente, tive bem mal, risos, mas acho que Deus ainda me queria uns dias por aqui) e minha irmã Denise, que na época morava lá, veio buscar-nos, para que eu pudesse me submeter a um tratamento melhor.
Me afastei de minha tia Senora, mas mantive minha admiração a distância e persisti no meu objetivo. No ano de 1996 iniciei minha carreira no magistério (gente juro que eu sou bem nova ainda, risos, acontece que comecei bem novinha. Por favor entendam isso). Surge ai a oportunidade de realização de algo que crescera juntamente comigo. Algo que dia-a-dia me impulsionava a não me acomodar, a não parar. Um sonho de menina inocente, que brincava de ensinar com os primos, tornara-se agora realidade.
Vocês não imaginam a alegria que isso foi pra mim.
Na época, ainda cursava o 3º do Magistério (Curso profissionalizante de nível médio, que preparava para o ensino das séries inicias) quando a diretora da Escola de 1º Grau Professor João carlos de Oliveira, Maria de Lourdes, me convidou pra assumir a primeira série, na aludida escola. Nossa fiquei radiante. Eu que nem havia terminado ainda o magistério já ia ter uma oportunidade que tanto sonhara.
Aconteceu o que sonhava há muito e eu abracei essa oportunidade com toda força que tinha pra fazê-lo. Dediquei-me de corpo e alma a um sonho que tinha se concretizado e amei, amei trabalhar ali na João Carlos de Oliveira. Amei trabalhar com diversos profissionais que por ali passaram. Amei a experiência e aprendi muito. Foi ali naquela escola que a professora que gritava dentro de mim saiu. Foi ali que vi parte de mim crescer, amadurecer. Foi ali, devido a essa pequena oportunidade que aqui mencionei, que percebi que eu podia mais e queria mais. Que eu podia crescer não apenas como ser humano, mas também como profissional. Não desperdicei uma única chance.
Os desafios que surgiram abracei. Fui professora da 1ª até a 5ª série e supervisora daquela escola. Passei oito anos de minha vida ali e foi uma experiência inigualável. Tinha verdadeiro amor por aquela escola, aliás, ainda tenho. Sentia-me realizada e feliz. Estava escrevendo essas linhas e pensando como as coisas são interessantes e só acontecem no dia de acontecer mesmo. Há muito intentava aqui agradecer a oportunidade e confiança que Lourdinha depositou em minha pessoa, naquela época. Coisa que já fiz diversas vezes em público, mas que queria ratificar novamente.
Diante de tudo isso que explanei, por diversas vezes pensei em tecer alguns agradecimentos a Lourdinha e trazer-lhes aqui algumas felicitações pelo brilhante trabalho que efetivamente realizou e realiza à frente daquela escola. A despeito do meu intento e consideração, infelizmente querendo ou não, nos tornamos escravos do tempo. Acabei pois, embora pensando assim fazer, nunca o fiz. Fazer o quê, a vida é assim, não podemos fugir dela. A bíblia afirma que há tempo determinado para todas as coisas debaixo do céu.
Hoje encontrei tempo, não, não encontrei, furtei, usurpei de outros afazeres (risos), para aqui chegar e expressar como desejava, a gratidão que tenho a Maria de Lourdes e a Escola João Carlos de Oliveira. Não queria apenas explicar e justificar um fato que ela me pedira, tinha que aproveitar o ensejo para agradecer a Lourdinha pelo voto de confiança que me dera no passado. Convictamente assim eu digo, que degraus que galguei até aqui, ela os ajudou a construir. Seria no mínimo insensível obscurecer fato tão notório.
Mas, além da minha gratidão neste post, quero aqui justificar o fato, pedido por Lourdinha. Hoje pela manhã , Lourdinha me ligou pra falar a respeito de um comento que aqui foi veiculado e julguei necessário fazer algumas ponderações sobre. Eis o comento:
''Que pena que o poder publico e uma das duas escolas particulares do nosso municipio esqueceu desse dia ''tão importante''
É notório a quem por aqui passa diariamente, que não costumo aceitar comentários anônimos, a menos que estes não tragam consigo nenhuma carga ofensiva a terceiros. Li o comento acima e julguei-o inocente. Senti nele apenas a expressão de alguém que se entristecera por um fato. Nada de muito nocivo. Contudo, Lourdinha entendeu ser necessário explicar-nos que a sua escola já marcara a confraternização dos professores para a próxima sexta-feira, 22/10 e que se a pessoa que enviara o comentário, referiu-se à sua escola, deve ficar a par disso.
Justificativa dada. Esclarecimento feito. Deixo aqui minhas saudações a todos os que compõem a escola João Carlos de Oliveira e informo que o espaço está aberto para quaisquer explicações, divulgações ou outros que julgarem necessário. Obrigada por fazerem parte de meus leitores diários. abraço.
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