Hoje é meu dia, DIA DO PROFESSOR. Dia propício e relevante para nos parabenizar, nos congratular, desejar-nos sucesso, felicidades e tudo de melhor a todos nós professores do Brasil. DIA DE COMEMORARMOS.
Todavia, foi pensando nisso, em trazer aqui uma mensagem merecida aos grandes mestres brasileiros, que me veio a tona uma questão que não dar pra esconder. Ecoou em minha mente uma grito que não calar, um questionamento, talvez, inquestionável, ou no mínimo, sem resposta. Uma indagação, que tenho plena convicção, deve eclodir do coração de todos àqueles que se dedicam ao magistério nesse país: PARABENIZAR DE QUÊ???????? COMEMORAR O QUÊ????????????
Alguém ousaria me responder? Alguém tem uma resposta para as minhas indagações? Para minhas divagações? Para minhas dúvidas? Para os meus anseios? Alguém tem a capacidade de aliviar a inquietação que explode em meu coração?
Se tem peço-lhes por favor, please, respondam-me, porque eu não as tenho.
Foi nesse enfoque, procurando um motivo para nos parabenizar que fiquei pensando e acho que encontrei os motivos que tanto ansiava. Percebi que tenho que nos de nos parabenizar por sermos a classe mais descoorporativista que eu conheço. Jamais nos aliamos numa luta, em prol dos nossos objetivos.
Consegui entender que tenho mais de mil motivos para nos parabenizarmos, pois pertencemos a classe de profissionais mais conformados que eu conheço, nos acostumamos ao fato de nos humilharmos durante séculos e séculos e encararmos isso com normalidade e bravura. Passamos algum tempo nos lamentando por isso, hoje já nem perdemos mais tempo, não vale mesmo a pena, não é, pra que falar sobre.
Entendi ter mil e um motivos para nos parabenizar pelo fato de aceitarmos ser vítima do menor salário que existe em nosso país, considerando todos os níveis superiores e ainda muitos técnicos de nível médio; e mesmo assim, nos alegrar com a propagação enganosa de um mísero piso salarial, que nunca se concretizou de fato e que mesmo que tivesse se concretizado, seria no mínimo uma piada.
Tenho convicção agora que realmente tenho do que nos parabenizar. Fomos enganados como uma criancinha boba e ingênua. Trocaram todos os nossos sonhos, nossos pensamentos de lutas por dias melhores, por um docinho, por pirulitos e nós, ah, nós achamos tudo muito doce, gostoso e divertido.
Sabe o que eu penso, que quando nossos governantes perceberam que estávamos chegando no nosso limite, quando perceberam que em breve daríamos nosso grito de liberdade, nos revoltaríamos com a situação, chutaríamos o pau da barraca, eles constataram que precisavam fazer algo urgente. Algo que nos contivesse, que nos acalmasse, que nos ludribiasse e fizeram. Fizeram tão bem feito, que estamos nós aqui, passivos, acomodados, humilhados, mas acima de tudo, felizes. Acreditem se quiser, mas há quem pense que realmente alguma coisa boa pra nós professores, nestes últimos anos.
E ai, depois de minhas exposições, há ou não não há motivos mil, para trazer-nos os parabéns????????? Ora, isso é piada, não acham??????? Claro que há.
Historicamente falando, nós somos heróis, desbravadores. Ninguém consegue perpassar os séculos e solidificar uma profissão apenas por vocação, nós conseguimos. Ninguém consegue transpor anos a fio, ajudando milhares de outras pessoas a realizar sonhos, concretizar objetivos, em detrimento aos seus, pelo simples fato de amar uma profissão, (uma vez que reconhecimento e valor em troca de nosso trabalho jamais recebemos) nós conseguimos.
Pois é caros amigos, colegas de trabalho, lamento se a homenagem que aqui teci, não foi exatamente o que pensava ou esperava. Lamento se não consegui inspiração de mostrar o nosso valor, embora tenha convicção de que o temos. Lamento se não o encorajei, o instei a permanecer fiel a sua profissão. Lamento se fui pessimista ao extremo e se por um caso tenha negado todas as nossas lutas e conquistas, contudo, como disse no início, o grito que eclode dentro de mim hoje é este e não tenho condição de fugir disso.
Deixo no entanto, o espaço aberto para quem quiser ratificar ou retificar palavras minhas. Desejo até que hajam mais palavras convincentes de retificação, para que eu possa, quem sabe mudar minha opinião atual…
Oi Islamara...ainda n leciono em sala d aula convencional, mas ja fui aluna (e ainda sou, rs) e sei muito bem os problemas q os professores enfrentam, hoje muito maiores, talvez, do q na minha época do colégio. Mas, como professora de EBD, sou grata a Deus por tal privilégio q é ensinar a PAlavra de Deus, e vc pode imaginar tamanha responsabilidade, né? Pois além da responsabilidade em estudá-la, antes de passar o conteúdo, temos tbem q vigiar nossa vida devocional, pois somos os espelhos de nossos alunos. Mas, espero um dia em q os professores convencionais (os da sala de aula formal) sejam finalmente reconhecidos e recompensados por tais atributos. Como dizem por ai, a esperança é a ultima q morre. Como diz um amigo meu, a esperança nao deve morrer nunca, rsrs, bjs.
ResponderExcluirA falta de Professores em nosso país.
ResponderExcluirO Conselho Nacional de Educação (CNE, 2007), fez um estudo e com base nos dados preocupantes da falta de professores, em todas as disciplinas, mas, sobretudo as ciências exatas, propôs soluções em nível estrutural e emergencial.
Dentre as ditas situações emergenciais, uma das propostas é o incentivo a retardação das aposentadorias de professores.
Já não bastasse a soberba sobrecarga do professor, emanada das duras condições de trabalho, além dos reduzidos salários e toda uma vida dedicada aos desafios do “transpor barreiras” e educar para uma sociedade justa e igualitária, mesmo sofrendo com os dissabores das lutas de classes, lutas estas por salários dignos, precisar retardar sua aposentadoria.
Nesta perspectiva e considerando o que a autora coloca em seu blog, quando faz referência ao dia do professor, nos leva a refletir sobre o que realmente comemorar no dia do professor.
Uma profissão marcada por lutas de classe. Só para se ter uma ideia um Governador, de certa “província”, neste ano em um movimento grevista autoriza policiais a jogarem spray de pimenta em professores que buscavam diálogo para negociações na procura por melhores salários.
Parabéns a autora do blog pelas belíssimas contribuições postadas. Contribuições, em virtude de os textos servirem de subsídios aos admiradores da escrita e da leitura para reflexões. Eu mesmo, leitor assíduo, sempre fico na expectativa do que estar por vir.
Forte abraço prima,
Junior.
Incrível Júnior, esse dado pra mim é nov, não sabia dessa proposta do CNE, mas não me espanto com ela. É exatamente do que estava falando no post, o reconhecimento do nosso trabalho não existe.
ResponderExcluirOra ontem, devido ao fato de já estar bem cansada, resolvi assistir um pouco de TV, quando liguei na GLOBO, pensando que ia assistir o Jornal Nacional, fui surpreendida com o horário eleitoral, resolvi permanecer e ver no que ia dar. Meu Deus, barbaridade, absurdo nos encontrarmos neste nível, ter de escolher o menos ruim. Durante o horário, os presidenciáveis aproveitaram-se da ocasião do dia do professor, para talvez, pela prmeira vez falar em educação.
Serra prometeu melhorar a qualidade da educação, melhorando salários e promovendo mais capacitação para os professores. Não demonstrou em só momento saber do que se tratava, aquilo que afirmava. Dilma, afirmou que iria continuar com o piso salarial que Lula criara.
Nenhum dos dois mostrou nada de concreto, que pudesse convencer um educador a acreditar em alguma mudança. Nãi vi nada de substancial ou de real nas afirmações dos dois. Tudo um monte de hipocrisia, com uma única e exclusiva intenção, angariar votos.
Alías, volto atrás, quanto a afirmação de Dilma, de manter o piso salarial, acredito mesmoo que Dilma continuará mantendo-o, até porque ele não existe mesmo. Toda essa história de piso não passou de uma grande farsa do Presidente Lula e o pior que ainda tem que se engane com tudo isso.
Pois é primo, como você mesmo disse, pertencemos a "Uma profissão marcada por lutas de classe. Só para se ter uma ideia um Governador, de certa “província”, neste ano em um movimento grevista autoriza policiais a jogarem spray de pimenta em professores que buscavam diálogo para negociações na procura por melhores salários".
Com tais fatos e argumentos aqui elencados, eu pergunto, quando teremos realmente um desenvolvimento real, concreto, no qual possamos ver, constatar e testemunhar na prática os direitos fundamentais do ser humano, garantidos constitucionalmente, acontecerem?
Afirmo a todos, isso só aocntecerá no Brasil, quando nós, todos nós, reconhecermos o valor da educação, enquanto isso, não passaremos de um país subdesenvolvido.
Incrível Júnior, esse dado pra mim é nov, não sabia dessa proposta do CNE, mas não me espanto com ela. É exatamente do que estava falando no post, o reconhecimento do nosso trabalho não existe.
ResponderExcluirOra ontem, devido ao fato de já estar bem cansada, resolvi assistir um pouco de TV, quando liguei na GLOBO, pensando que ia assistir o Jornal Nacional, fui surpreendida com o horário eleitoral, resolvi permanecer e ver no que ia dar. Meu Deus, barbaridade, absurdo nos encontrarmos neste nível, ter de escolher o menos ruim. Durante o horário, os presidenciáveis aproveitaram-se da ocasião do dia do professor, para talvez, pela prmeira vez falar em educação.
Serra prometeu melhorar a qualidade da educação, melhorando salários e promovendo mais capacitação para os professores. Não demonstrou em só momento saber do que se tratava, aquilo que afirmava. Dilma, afirmou que iria continuar com o piso salarial que Lula criara.
Nenhum dos dois mostrou nada de concreto, que pudesse convencer um educador a acreditar em alguma mudança. Nãi vi nada de substancial ou de real nas afirmações dos dois. Tudo um monte de hipocrisia, com uma única e exclusiva intenção, angariar votos.
Alías, volto atrás, quanto a afirmação de Dilma, de manter o piso salarial, acredito mesmoo que Dilma continuará mantendo-o, até porque ele não existe mesmo. Toda essa história de piso não passou de uma grande farsa do Presidente Lula e o pior que ainda tem que se engane com tudo isso.
Pois é primo, como você mesmo disse, pertencemos a "Uma profissão marcada por lutas de classe. Só para se ter uma ideia um Governador, de certa “província”, neste ano em um movimento grevista autoriza policiais a jogarem spray de pimenta em professores que buscavam diálogo para negociações na procura por melhores salários".
Com tais fatos e argumentos aqui elencados, eu pergunto, quando teremos realmente um desenvolvimento real, concreto, no qual possamos ver, constatar e testemunhar na prática os direitos fundamentais do ser humano, garantidos constitucionalmente, acontecerem?
Afirmo a todos, isso só aocntecerá no Brasil, quando nós, todos nós, reconhecermos o valor da educação, enquanto isso, não passaremos de um país subdesenvolvido.
''Que pena que o poder publico e uma das duas escolas particulares do nosso municipio esqueceu desse dia ''tão importante''
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