Bem, há alguns dias recebi alguns comentos que senti a necessidade de aqui tecer alguns esclarecimentos e considerações sobre, contudo, a minha velha e fadada ‘desculpa’ (não é gente, acreditem, risos), minha falta de tempo, me impediu de assim o fazer.
Com a indagação recebida hoje a solicitação de notícia sobre o estado de saúde de Isabelly, resolvi responder a todos em um só post.
Pois bem, vejamos:
Anônimo disse... -
SOBRE MAIS CONVOCAÇAO DOS APROVADOS NO CONCURSO DE GOV. ALGUMA NOVIDADE???????????
RESPOSTA: O município chamou no inicio deste mês, alguns concursados para compor o quadro de pessoal das secretarias municipais, que no momento eram as necessidades mais urgentes. Tomei conhecimento, através da Secretária Municipal de Educação Luciana Nogueira, que os professores e ASDs não tiveram ainda sua convocação efetuada, dado o período de férias e recesso escolar. Afirmou ainda a secretária, que como o ano letivo só terá seu incío em março, as pessoas que tiveram aprovação nesses cargos, só serão convocados quando o recesso findar, ou seja, no mês de março.
Anônimo disse... -
fale alguma informaçao sobre a Isabelly, o seu estado de saude.
Bem as últimas informações sobre Isabelly é que na semana passado, ela passou por um agravamento de seu quadro, tendo de ser entubada novamente. Contudo, notícias de ontem, é que ela está reagindo a medicação e apresentou melhoras na infecção de seu pulmão. Vamos continuar todos intercedendo por ela, pois certamente merece.
Anônimo disse... -
Ei quando você falou da convivencia com Gabriela lembrei de um trabalho feito pra o Senhor Jesus e gostaria que você se pronunciase. É sobre aquela reunião realizada pelas senhorar da Assembleia de Deus.. Acabou porque? Foi so Amanda mudar de Igreja foi? Queria saber o que aconteceuna verdade.
OBS: Sou crente da Assembleia de Deus e Já participei de várias reuniões e gostei muito.
Cara amiga anônima, crente da Assembléia de Deus de Gov. Dix-sept Rosado, em primeiro lugar, sinto-me honrada de tê-la neste espaço, uma vez que são poucos os comentos que aqui recebo de evangélicos. Pois bem, vamos aos fatos.
A Reunião das Mulheres Unidas em Cristo, evento noticiado com frequência neste espaço acabou. Realmente acabou e a sua pergunta que não quer calar, certamente é a de muitas outras mulheres que participavam da reunião e ainda não entenderam porque isso aconteceu.
Bem, não sei se este seria o local apropriado para responder sua indagação, nem tão pouco sei, se eu seria a pessoa indicada para tal. Eu apenas idealizei reunião, incentivei sua criação, instei sua fundação e fiquei responsável pela organização e estruturação do evento e também, de trabalhar o lado reflexivo, dinâmico e sensibilizador da reunião. Frise-se porém, que a responsável pelo Departamento de Senhora, era quem realmente respondia por todo o trabalho.
Acontece que, com as mudanças ocorridas com a chegada do novo Pastor em nossa cidade (fato que já somos acostumados a conviver), essa foi uma das primeiras determinações feitas ao Departamento de de Senhoras, o de que não se realizasse nenhuma reunião, até a autorização do Pastor. Eu, como subordinada do Departamento, acatei a decisão e ainda estou aguardando até o momento o passe livre. Portanto, em face de tudo isso, acredito que quem deveria se posicionar a respeito do fato, certamente não deveria ser eu, mas…
Por respeito a você, que sem dúvida é minha leitora, se não fosse, não estaria aqui, deixo estes esclarecimentos e sinto-me impelida a dizer-te: Amanda, sempre esteve do meu lado sim, desde o momento da idealização do evento, ela me ajudou deveras com sua disposição, criatividade, oração e determinação. Foi e continuaria sendo um braço direito, caso a reunião não tivesse vindo a cabo. Acresço ainda, que em momento algum, fomos (refiro-me a mim) incetivadas, influenciadas ou qualquer outra coisa do tipo, pela saída dela do grupo, pelo contrário, ela permaneceu participando das reuniões que houveram depois de sua mudança de denominação e só deixou de ir, pelo mesmo fato que nós deixamos.
Por fim, sua indagação, seu questionamento, foi válido, solicitarei do Departamento que se posicione a respeito do acontecido com a reunião e esclareçam as coisas. Mais uma vez, obrigada por sua interação e permaneça sempre por aqui.
Ivone Carlos disse... -
Cooncordo que é imensa a desvalorização dos profissionais da educação no nosso país. Porém, como verdadeiros educadores precisamos também considerar que muitas vezes, a exemplo dos governantes, deixamos de cumprir com o nosso verdadeiro papel, que é o de cumprir o exercício da profissão com a competência que na grande maioria temos.
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Como queremos ser valorizados pelos governos se não nos valorizamos como profissionais, se nem se quer participamos das lutas da classe por melhorias salariais? Como queremos ser valorizados por nossos alunos se se quer damos um bom dia ou boa noite aos mesmos? Como queremos ser bem vistos pelos pais dos nossos alunos se não damos satisfação aos mesmos do que ensinamos ou se sempre os culpamos quando seus filhos são reprovados? Enfim, o que estamos fazendo para melhorar nossa valorização? Em algum momento pensamos em rever as nossas prática avaliando o nosso comportamento no cotidiano escolar?
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Precisamos mudar essa situação começando por acabar com essa maldizença que tanto nos inferioriza diante das demais classes trabalhadoras. Precisamos entender que somos os únicos capazes de mudar essa realidade. Somos nós que estamos todos os dias nas salas de aula do nosso país como o poder de alfabetizar, educar, formar opiniões, etc. Afinal o que estamos fazendo com o poder da nossa profissão além de reclamar dos péssimos salários? Que exemplos etamos dando aos nossos alunos como ser humano, como pessoas, como cidadãos? E quando vamos deixar os nossos interesses pessoais de lado para nos unirmos a classe em busca de mudanças?
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Apesar de nos comentários acima, eu estar apenas respondendo a indagações e questionamentos Ivone, não poderia deixar de dar ênfase ao seu comento, uma vez que o julgo pertinente, relevante e bastante oportuno.
Me encontro realmente desistimulada com minha profissão. Sinceramente, não pensei que passaria por isso, mas somos humanos e aqui estou eu, neste embate interno, tentando compreender o que quero e o que penso a respeito de tudo isso. Ainda acho que estamos numa situação tão precária na área educacional que apenas uma crise inimaginável, poderia nos despertar para o que estamos realmente vivenciando.
Acredito, que nunca se imaginou, em época alguma, que chegaríamos a este ponto na educação brasileira. O fracasso que vemos não se pode e nem se deve ser atribuído apenas a um fator. Uma série de fatores conjuntos, favoreceram e contribuíram para chegarmos aqui. Debates sobre isso vemos com frequência, mas medidas efetivas que combatam, minimizam ou solucionem os problemas nunca existiram. É lamentável afirmar que este é uma discussão tão subjetiva e tão complexa que fica quase impossível sermos esclarecedores ou práticos.
Recentemente assisti uma entrevista de uma Filósofa (que no momento não recordo seu nome) e ela falava com muita maestria, sobre vários pontos que aqui abordou. Concordei com ela e concordo com você também, entretanto, ainda entendo que tamanha inércia existente em nosso meio, é fruto da frustração e da malfadada humilhação porque vivemos na educação.
Gostei muito do seu comento sabe. Ele me fez refletir se não estou mesmo me tornando amarga e maldizente demais (risos), se eu já não permiti que a desesperança entrasse em meu coração e me fizesse esquecer àquele amor que dantes morava em meu coração. Não acredito que vivamos apenas de amor, mas sei da necessidade para permanecermos no que abraçamos.
Mas é ainda relevante frisar, que apesar de entender que somos e estamos à margem das profissões, entendo também, que isso se dá pelo fato de nossa total e completa inércia e incapacidade de sairmos da nossa zona de conforto. Somos covardes. Nos acostumamos com a situação, como a pessoa do mito das cavernas de Rousseau se acostumou com a escuridão, prisão e acorrentamento a que foi submetido na sua vida inteira. Como o mito, nós preferimos ficar na escuridão, não ver a luz, não se abrir para o mundo. É mais fácil, é mais cômodo, é menos doloroso, permanecer na situação que estamos, mesmo que nela, estejamos acorrentados e na escuridão. MUDAR DÓI.
Com isso, vamos seguindo naquele velho ditado, “fingimos que ensinamos e os alunos fingem que aprende”. E a mesmice vai encontrando cada vez mais espaço em nosso ser e acomodação se enraiza de tal forma, que para muitos é impossível romper o chão. Vivemos e não percebemos, como você mesmo disse: que detemos um poder em nossas mãos que não conhecemos, que ignoramos, que não fazemos nem idéia. Precisamos compreender que devemos propor e lutar por mudanças e que estas só virão, quando decidirmos isso.
Fica aqui minhas colocações a respeito, espero ter me feito entender. Fiquei deveras feliz por ter te encontrando tão bem, quando da minha visita em sua casa ontem. sabe que sempre torci pra você continuo aqui, apensar de longe, como sabes, estive sempre intercedendo por você. Já afirmei por diversas vezes minha admiração pela profissional que és, e quero mais uma vez ratificar, que certamente já tens contribuído muito para a educação de nosso município e por isso deixo as minhas congratulações aqui neste espaço.
Desejo mais e mais sucesso no seu tratamento e torço pra que em breve, estejas do nosso lado, continuando a sua saga por uma educação melhor e uma sociedade mais justa.