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domingo, 20 de fevereiro de 2011

A importância da leitura e os versos do poeta

Gente, se existe uma coisa que eu admiro muito nesta vida é o dom de alguém prender a atenção de outrem com as palavras escritas. Levar uma pessoa a ficar absorta em algo que se escreve, acredito que seja um dos maiores desafios que existem. Admiro o dom da oratória, claro, muito belo também, mas nada que se compare a prender a atenção de um leitor.

Amo assistir filmes, amo de paixão, mas também, não há nada igual ao prazer de ler um bom livro. Nada se compara ao ato de se deleitar em algo prazeroso e viajar no mundo da imaginação. A leitura permite você conhecer lugares inatingíveis. É algo mágico e indescritível, o que se consegue com a leitura. É um benefício incalculável para mente e para alma. 

Pois bem, foi devido a esse amor pela leitura e pela admiração a este dom da escrita, que ousei tentar (mesmo sabendo e minhas limitações infindas), com muito sacrifício alimentar um blog e aqui estou eu. Em falando de leitura, tem um gênero literário que admiro por demais e os meus leitores mais assiduos sabem que me refiro a poesia. Me fascina o poder das palavras organizadas em verso. Me fascina o domínio de alguém conseguir organizar em poucas estrofes, algo que se quer transmitir. Fico impressionada como a poesia é envolvente e nos transmite fatos, sentimentos, histórias de forma tão diferente e peculiar. É fantastico o poder da poesia, ela consegue em meio a mistério revelação, expor os mais diversos assuntos e sentimentos.

Pois bem, passando por um blog dix-septiense alguns dias atrás, deparei-me com uma poesia que me chamou a atenção. Já admirava a forma peculiar e característica que essa pessoa tem ao escrever e envolver as pessoas em seus escritos, mas sinceramente não imaginava que trouxesse na veia também, o dom pra poesia. E ai eu digo, se aquilo não for dom, não sei o que é realmente. Pode ser quem sabe, que a pessoa a que me refiro aqui, tenha preso em seu quintal, um autor de poesia famoso e renomado, a quem ele obrigue a escrever e faça uso dos textos, como se seu fosse (risos).

Brincadeiras á parte gente. A poesia a que estou me referindo, conta-nos de maneira envolvente e em versos, como se deu o alvoroço do ultimo assalto ocorrido em nossa cidade. Como sempre socializo com vocês aquilo que gosto e acho interessante, com esta poesia certamente não seria diferente. A poesia intitulada “As rimas do poeta e o assalto” é de autoria de Eduardo Andrade, que alimenta seu espaço virtual Idéias em Xeque (link na barra direita do Ad Finem).

Confesso amigo Eduardo, que a primeira vez que me deparei com a então poesia, li e reli, procurando o autor. A priori pensei ser do nosso amigo Vanzinho, depois percebi que não. Assim continuei minha procura pelo autor do texto, tentava descobrir onde você havia colocado a autoria da pérola e não achei. Constatei depois da terceira leitura, que realmente o texto havia sido escrito pelo próprio escritor do blog e pasmei. Criatividade invenjável e digna de reprodução. Sem dúvida, se eu tivesse tamanha capacidade, investiria nessa escrita. Claro que não me refiro a dedicação profissional, falo de hooby mesmo. Admiro demais o gênero e como disse já apreciava sua forma peculiar na escrita, mas não sabia que tinha essa aptidão para a poesia. Parabéns.

Na oportunidade, faço uso do ensejo para também prestar-lhe minhas congratulações Eduardo, pela sua aprovação na primeira fase da OAB. De certo que ainda terás um desafio pela frente, vencer a segunda fase, mas sabendo de quem se trata, sei bem que esse desafio já foi abraçado e não medirá esforços para alcançá-lo. Mas vamos ao que interessa, vamos ao texto. Antes disso contudo, toda poesia que se preza tem um autor e para compreendermos melhor os textos que lemos é bom que tenhamos alguma idéia da pessoa que o escreve, assim, apresento-lhe um pouco do que sei, do autor da poesia AS RIMAS DO POETA E O ASSALTO.

SOBRE O AUTOR: Eduardo Andrade é dix-septiense, graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, filho do sempre amigo e leitor deste espaço Aldenir Silva e da amiga, pessoa que admiro muito, Ivone Carlos. Ele Trabalha na advocacia Geral da União em Mossoró e demonstra ser uma pessoa sensata, responsável e bastante dedicado no que faz. Pelo twitter pude constatar que apaixonado pelo flamengo e um xadregista (acho que se escreve assim, se não for me corrijam, risos) de carteirinha. Agora, sem mais delongas, eis a péroola:

Faz pouco tava em casa deitado

Lendo um poeta da terra.

Um caba bom na rima pra danado

Que só num conta histórias de serra.

Num digo nome agora porque num tô apressado

Só adianto que o caba é quase de Felipe Guerra.


Viajando na rima todo empolgado

Pois num é que esqueci do mundo e da novela.

Mas de repente me vi encabulado

Pois gritou a vizinha da janela:

- Chega, chame o delegado e o soldado

Roubaram duas motos e vao levar minha magrela


Da rede pulei, enchi os peito e sequei a pança

Risquei a faca na calçada, chutei o gato e gritei:

Cadê os caba safado pois sou brabo por herança

Na minha terra num aceito assalto, aqui tem lei.

Num venham acanalhar aqui por num ter governança

Vão fazer presepada nas terra de Sarney.


Diz a cumade que foi um aperrei da mulesta

Chega Mecinho passou mal ao ver o movimento.

O pobi se aperriou, tropeçou, caiu e bateu a testa

Revirou os olhos deu dois passamento.

Quase num torna, cheirou alcool que nem presta

Foi tanto que dois litro num deu vencimento.


Mas pensando bem em tudo isso,

A culpa é toda nossa.

Nós povo precisa criar juizo

Votar num é mandar fezes pra fossa.

Vamo deixar de ser indeciso

E mudar toda essa joça.


Tudo calmo voltei pra minha redinha

Me ajeitei e coloquei a peixeira num cantinho.

Retomei a leitura do poeta da carnaubinha

Um caba bom de rima que chamam de Vanzinho.

Ele é Irmão de Walter o marido de Lurdinha,

E sua rima merece todo nosso carinho.


Enfim, agradeço ao poeta pelo livro enviado

E lhe digo que tô pra ver tamanha coragem.

Hoje num é todo mundo que vende fiado

Ainda mais quando de produto de tamanha linhagem.

Poeta só lhe peço perdão pelo fraco palavreado,

Pois na rima ando longe de ter toda sua bagagem.

AUTOR: EDUARDO ANDRADE.

FONTE: AQUI

2 comentários:

  1. Agradeço as palavras elogiosas, apesar de achar que não faço jus a tanto. O Blog é apenas um passatempo para o qual às vezes me falta tempo. Quanto ao exame de ordem, vou fazer o que for possível. Valeu.

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  2. Obrigada pela interação amigo. Disse tão somente o que penso e o que entendo ser verdadeiro.

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