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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
E falando em educação...
Cresce assustadoramente nas escolas públicas de nosso país os casos de violência de alunos contra professores. É o descaso com a educação chegando às salas de aula. É o falta de limites por parte dos pais, causando prejuízo emocional indescritível nos nossos jovens e adolescentes. É a falta de valores dantes tão arraigados em nosso meio, hodiernamente deixados de lado. É a falta de recursos, impossibilitando melhores meios de se inovar e promover aulas diferentes. É a falta de união e interação de pais e escola, provocando lacunas de ordem cognitiva e psicológica, que podem ser irreversíveis. Espero ver mudanças em breve neste quadro. Não sei bem por onde deveríamos começar, mas acredito que no dia que entendermos que devem andar juntos escola, família e sociedade civil, aí sim, compreenderemos a nossa força e com ela produziremos dias melhores neste campo.
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Costuma-se afirmar que a família é a célula mater da sociedade. Numa analogia carregada de comicidade, costumo sempre complementar o adágio, acrescentado: “e a escola é a célula pater”. Sem prejuízo da análise conjuntural apontada com bastante propriedade por esta blogger, que detém argumento de autoridade, pois atua na área, vejo-me na obrigação de acrescentar que a violência na escola é a reprodução ou a incidência da violência em todo corpo comunitário. A violência contra as mulheres, os idosos, as crianças, os deficientes físicos e outras minorias produzidas e reproduzidas dentro e fora dos lares, as produções cinematográficas apologéticas, com mensagens claras ou veladas pela hoje chamada subliminaridade, dentre outros fatores, tendem a refletir na escola, microcosmo da sociedade, a qual se vê agora sem possibilidade de controle com relação a essa fato. Por essas questões e pelos pontos elencados no post, é que venho desanimado há algum tempo, pois o discurso segundo o qual a educação é o segredo de progresso de uma nação já soa como uma cantinela enfadonha. É muito discurso e pouca ação. Mas eu sou professor e não desisto nunca. A obstinação é o que move a classe. Lutamos e a nossa luta pode parecer utopia para alguns. Estes talvez vitimados pela educação deficitária ou, quando não, movidos por interesses outros. Porém, senhores, vem aí o carnaval... “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí...” Por esses quatro dias um País, pobre como o nosso, para e não há espaço para debates sérios e definidores de seu futuro. O que não é em todo condenável. Afinal de contas, quem sobrevive a cutiladas sem anestesia?
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