O amigo João Paulo, acadêmico em Direito, deixa um comentário que pela sua pertinência e relevância, reproduzo aqui na página principal e agradeço mais uma vez pela sua interação neste espaço. É uma honra poder contar com a participação de pessoas inteligentes...
Costuma-se afirmar que a família é a célula mater da sociedade. Numa analogia carregada de comicidade, costumo sempre complementar o adágio, acrescentado: “e a escola é a célula pater”. Sem prejuízo da análise conjuntural apontada com bastante propriedade por esta blogger, que detém argumento de autoridade, pois atua na área, vejo-me na obrigação de acrescentar que a violência na escola é a reprodução ou a incidência da violência em todo corpo comunitário. A violência contra as mulheres, os idosos, as crianças, os deficientes físicos e outras minorias produzidas e reproduzidas dentro e fora dos lares, as produções cinematográficas apologéticas, com mensagens claras ou veladas pela hoje chamada subliminaridade, dentre outros fatores, tendem a refletir na escola, microcosmo da sociedade, a qual se vê agora sem possibilidade de controle com relação a essa fato. Por essas questões e pelos pontos elencados no post, é que venho desanimado há algum tempo, pois o discurso segundo o qual a educação é o segredo de progresso de uma nação já soa como uma cantinela enfadonha. É muito discurso e pouca ação. Mas eu sou professor e não desisto nunca. A obstinação é o que move a classe. Lutamos e a nossa luta pode parecer utopia para alguns. Estes talvez vitimados pela educação deficitária ou, quando não, movidos por interesses outros. Porém, senhores, vem aí o carnaval... “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí...” Por esses quatro dias um País, pobre como o nosso, para e não há espaço para debates sérios e definidores de seu futuro. O que não é em todo condenável. Afinal de contas, quem sobrevive a cutiladas sem anestesia?
Costuma-se afirmar que a família é a célula mater da sociedade. Numa analogia carregada de comicidade, costumo sempre complementar o adágio, acrescentado: “e a escola é a célula pater”. Sem prejuízo da análise conjuntural apontada com bastante propriedade por esta blogger, que detém argumento de autoridade, pois atua na área, vejo-me na obrigação de acrescentar que a violência na escola é a reprodução ou a incidência da violência em todo corpo comunitário. A violência contra as mulheres, os idosos, as crianças, os deficientes físicos e outras minorias produzidas e reproduzidas dentro e fora dos lares, as produções cinematográficas apologéticas, com mensagens claras ou veladas pela hoje chamada subliminaridade, dentre outros fatores, tendem a refletir na escola, microcosmo da sociedade, a qual se vê agora sem possibilidade de controle com relação a essa fato. Por essas questões e pelos pontos elencados no post, é que venho desanimado há algum tempo, pois o discurso segundo o qual a educação é o segredo de progresso de uma nação já soa como uma cantinela enfadonha. É muito discurso e pouca ação. Mas eu sou professor e não desisto nunca. A obstinação é o que move a classe. Lutamos e a nossa luta pode parecer utopia para alguns. Estes talvez vitimados pela educação deficitária ou, quando não, movidos por interesses outros. Porém, senhores, vem aí o carnaval... “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí...” Por esses quatro dias um País, pobre como o nosso, para e não há espaço para debates sérios e definidores de seu futuro. O que não é em todo condenável. Afinal de contas, quem sobrevive a cutiladas sem anestesia?