Visitando os blogs que comumente leio, deparei-me com algo que me chamou a atenção e que senti-me impelida a necessariamente tecer alguns pontos a respeito. Passando pelo Cotidiano, blog do amigo Jocigleuson Alves, encontrei o seguinte comento, do meu também amigo, João Paulo Menezes.
Caríssimo Jocigleuson,
Nem sei quem esteve à frente da comissão organizadora do mencionado concurso, mas quero acreditar que a intenção dessas pessoas, quando da escolha do tema para as redações, era das melhores. Contudo, a forma como a proposta foi colocada, além sugerir uma vinculação da Administração com a pessoa do administrador, condenável sob o aspecto da Constituição Federal, deu margem à ocorrência de algo presumível e que, de fato, ocorreu. Não quero me colocar como propositor de soluções "pos factum", mas acho que se tiveram o intento de vincular a data com o tema, poderiam muito bem propor que os alunos discorressem a partir da seguinte sentença: "Se você fosse Prefeito(a) do Município de Governador Dix-Sept Rosado/RN, o que você faria?" Isso, no meu sentir, evitava o avalanche de textos direcionados à pessoa da Prefeita, o que era inevitável, pois era justamente o que era requisitado nas propostas. Outro problema consistiu na instrução segundo a qual o aluno deveria assinar a carta, o que identificou os textos e, não raro, traz alguns problemas. Dito isso e à guisa de um “no mais”, é bom que a Prefeita tenha acesso a essas cartas, pois como pessoa pública que é, entende que a coisa pública se torna ainda mais pública quando o povo participa, fiscaliza, critica e sugere. E dessa participação não estão excluídas as crianças, as quais, apesar de não se enquadrarem como cidadãos ativos, recebem o ônus ou arcam com o bônus de uma boa ou má gestão da coisa pública. Saudações fraternais, João Paulo.
A priori amigo João Paulo, gostaria de informar que quem ficou à frente do Concurso de Redação e coordenou todos os trabalhos alusivos a ele foi a amiga Luzia Tavares, Coordenadora do Núcleo do Ensino Fundamental.
Entretanto amigo, na semana da realização do concurso aqui aludido, ela também estava coordenando a licitação dos transportes escolares, fato que estava acontecendo inclusive nas dependências da Secretaria Municipal de Educação.
Diante deste acontecimento, como somos uma equipe, Luzia me delegou algumas tarefas que deveriam ser feitas, para que o concurso acontecesse, dentre estas, estava a idealização de um tema. Quando ela me solicitou isso, confesso que me veio inúmeras coisas a mente, mas pensei em trazer algo inovador, diferente de tudo que já tínnhamos proposto antes.
Com o exposto, assumo o ônus e o bônus da temática. Pensei de imediato trazer algo de novo e entendi (e continuo entendendo) que a proposta de uma carta à executiva deste município, seria uma forma de as crianças, adolescentes e jovens exercitarem sua cidadania. Uma maneira deles explanarem o que pensam, o que anseiam o que desejam de melhor para o nosso município. Acredito que este pensamento não foi isolado. Para melhor arguição do que digo agora, faço uso de parte de um comento de Ivone Carlos, Pedagoga mui respeitada em nossa terra, a quem nutro uma grande admiração, que nunca fiz questão de esconder. O comento foi enviado no dia 31/03/2011 e pode ser visto aqui.
Ivone Carlos disse...
Achei bastante interessante o tema da redação proposto aos alunos do ensino fundamental, já que proporcionou aos mesmos incentivo ao exercício da cidadania…
Bem, continuando amigo João paulo, quando propus o tema a Luzia Tavares e ela de pronto aceitou, pensei em socializá-lo com mais alguém, para que ter certeza de que eu estaria no caminho certo. (Acredito que tudo deva ser feito em equipe e com o máximo de discussão possível).
Pensando nisso, chamei a amiga Neraide Alves, também Pedagoga competente de nossa equipe, para debater sobre o tema e para minha surpresa, ela me notificou que esse teria sido o tema proposto pela IFERN e que ela teria a prova de seu filho em sua casa. Não pensei duas vezes, fomos buscar a prova, para que ela me servisse de base e amadurecesse a minha idéia.
Discordo quando diz “Contudo, a forma como a proposta foi colocada, além sugerir uma vinculação da Administração com a pessoa do administrador, condenável sob o aspecto da Constituição Federal, deu margem à ocorrência de algo presumível e que, de fato, ocorreu”. Não visualizo, em nenhum momento, a vinculação da imagem da executiva com a sua administração neste ato.
Pelo contrário, acredito eu, que este ato ora questionado, poderia ser visto muito mais como uma forma de expor a pessoa dela, a críticas pesadas e talvez desnecessárias que poderiam vir a ocorrer. Fato que depois de idealizado e concretizado, até cheguei a temer.
Quanto ao fato de assinar a carta, assumo, como já disse o ônus. Realmente tivemos o cuidado de não permitir que a comissão identificasse o nome, a escola e o professor, antes de realizar correção de todas elas, mas, quando solcitei que assinassem a carta, estaria eu pensando em “copiar literalmente” a idéia lançada pelo IFRN, na sua proposição da carta, que seria: (ASSINE SUA CARTA COMO ELEITOR CIDADÃO).
Realmente quando escrevi a proposta do tema e as informações necessárias, repassei para o nosso técnico digitar e não percebi que tinha esquecido de mencionar o fato de a assinatura ser a de um “leitor cidadão”. Entretanto, certamente, também não vejo isso, como algo que venha a proporcionar aquilo que você SUGERE. Até porque, algumas cartas que foram selecionadas serão postadas neste espaço e reveladas os seus autores, mostrando assim, que sendo assinadas ou não, teríamos a revelação de autoria das mesmas.
Desta feita amigo João Paulo, espero ter esclarecido suas dúvidas ou arguido de forma convincente para sua melhor compreensão. Deixo o espaço aberto para qualquer ponderação posterior que possa vir a fazer. O espaço também ficará aberto a opiniões que possam vir reforçar, ratificar ou contestar nossa opinião.
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